A delicadeza e a crueza do amor.





Eu gostaria muito de comentar o filme A Delicadeza do Amor, que vi antes de ontem.

Esperei um dia pra ver se processava. Foi meu assunto da análise. Ainda assim, não dá, não estou conseguindo.

Curiosamente, talvez paradoxalmente, comecei a ler o artigo da Eliane Brum e me deparo com um artigo que, de certo modo, é complementar ao filme... a inteligência dos comentários da Eliane me surpreende. Não sei se Eliane vai entender esse meu comentário sobre "complementaridade". Também não importa. Ela não vai ler meu blog mesmo...

No entanto, preciso me exercitar.
Preciso me exercitar sobre a delicadeza e sobre a crueza. Mas não consigo.
Segundo meu analista, não consigo ainda.
Apesar de estar precisando.
Ops! Mais uma vez a palavra chama a minha atenção. Não é à toa que Lacan foi dono do quadro a que se refere Eliane em seu artigo...
"Precisando"... Pré cisando.
"cisão, fissão, cave, diérese"... antes, pré.
Deus, onde estou indo? Ops de novo! O que tem Deus a ver com isso?
aiaiai...
Acho melhor eu parar. Se não, vai virar outra sessão de análise. Daí não é pra estar aqui, e sim no divã.

Bom. Deixa eu esperar mais um pouco. Talvez hoje, depois da aula de tango, eu vá novamente no filme, que está passando no Belas Artes. Quem sabe vendo de novo o filme, a delicadeza, o quadro, o cru e o cozido eu não consiga orientar o meu pensamento?

Confesso que estou muito mexido com o filme. Muito mesmo.

Veja o filme. Se impressione com o quadro. Preste atenção na delicadeza...

E boa sorte.
Vou tentar voltar no assunto, se conseguir me re-compor.
O cru da delicadeza às vezes impressiona mais que a delicadeza do cru.




Comentários

Bê Sant Anna disse…
Pra quem teve a curiosidade de ver o comentário aqui exposto: A cena final do filme é das coisas mais lindas que já vi em toda minha vida no cinema. Só isso que tenho a dizer.
Renata Feldman disse…
Pat Kamei me ordenou ver este filme hoje, Bê. Deve ser mesmo o que há, vindo de vocês dois.
Beijos

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