Do Canto, da gente.



Sem ela e sem ela.
Sem os sonhos reais.
Somente os re-ais
que dóem.
De novo,
curtidos sem curtição.
Pele seca, sem colágeno,
rugas que se acumulam em dó.
Ainda riso,
sempre precisa,
volta a acreditar.
Mas dói e incomoda.
Sabe-se glosa sem mote,
trote,
sabe-se com pouco tônus,
compota de doce sem açúcar.
Vontade do gosto.
Não consegue explicar os desejos,
só ensejos do bem, que conta.
O querer toma conta do grito.
Aflito,
quer um abraço.
E mudo, calado, o fado de ais.
As belas dores do mundo
inspiram mais
quando são só cantos.




*na foto, a bela Mafalda Arnauth. http://www.youtube.com/watch?v=OOFe4Krv048

Vale conhecer: http://www.youtube.com/watch?v=DNllEchNyL4&feature=related


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