Sobre colos, Sofhias e pai-xões.





Sofia, ontem, deitada no colo da mãe.
14 anos, maior que ela, Sofia se aninha pequenina no colo da mãe enquanto ouve o jazz de Chico Amaral e trio.
O colo da mãe é o mundo de Sofia.
Enrosca. Enlaça. Em laço.
É, o colo da mãe é o mundo de Sofia.
Mas, fora do mundo, quando estuda com as coleguinhas, coloca Frank Zappa, a pai-xão do pai de Sofia...

Já a pai-xão do pai de Sophia não é Frank Zappa. É Chico Amaral e todo o jazz na medida do sonho, na música interna que nos faz mais humanos, como dizze Chico com outraz palavraz.
O pai de Sophia sofre com o jazz. Encantado, dança o sofrimento, a luta, o sonho, a redenção da música. Enquanto Chico Amaral e banda se apresentam, Nelson sente a música. Em cada poro, em cada centímetro. Sentímetro.
E dança.
Dança sua dança mágica, seu sonho de música, seu tocar jazz com todo o corpo, todo o sentimento, se faz o próprio instrumento, todo o som presente em Nelsom. Ele toca jazz com todo o seu corpo.

Sophia escuta. Sofia escuta.

O pai só fia sua paternidade dizzendo a palavra amor. Dentro e fora do mundo, Sofhia.
Em todos os tons, em todos os sons, no andamento  da vida.


*Aos menos atentos:
Sofia é filha de Cláudio e Regina
Sophia é filha de Nelson e Myriam

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