Gotas que escolhem



Na verdade fica difícil dizer. O que se toma como verdade frente a duas versões completamente distintas, opostas? Não há verdade, há escolha, há tolerância ou não, simplesmente. Versões se baseiam em visões, que por sua vez se baseiam em conceitos. Ou pré-conceitos.

Já dizia um pensador que quem tem apenas uma versão sobre um fato sabe muito pouco sobre ele.
É assim. Simplesmente. Quando o simples deveria ser verdade... simples-mente.
O exercício da convivência se funda na tolerância, mas também na aceitação do outro e da diferença. Outro pensador disse que quando duas pessoas concordam todo o tempo sobre todas as coisas, uma é dispensável.
Pois bem. Ou pois mal. E pior: pode ser “pois mau”.
As pessoas se esquecem que são gotas no oceano, e que dependem da harmonia para não se tornarem gotas de óleo, a boiarem sozinhas no vasto, imenso, enorme lugar de ser todo, tudo, integrado. As gotas que escolhem se unir, se tornam elas mesmas o oceano, o vasto, o imenso, o enorme. Com apenas uma escolha. E a força do todo é unívoca.
Basta, talvez, humildade. Cabe, somente vontade. Porque vontade move.

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