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Mostrando postagens de dezembro, 2010

pra onde vou, não pega nem celular

O que escrevo aqui não tem necessariamente compromisso com a verdade. Muitos textos já existiam, outros tem a ver com o momento. O meu, de outros que me contam e que coloco ou como meus ou como de terceiros. Muita gente confunde isso e me cobra, sabe? Todo mundo tem passado, presente, futuro (em muitos casos) e tem sonhos e ideais. Ideais, que eu saiba, estão só na ideia... Vou dar um tempo na escrita. Vou tirar uns 10 dias e refazer um caminho interno. Quem quiser, deseje-me sorte. Estou bem acompanhado. Com meus ideais e com a verdade do meu coração.

Haikai do tesão desmedido (ou simplesmente, a saudade é dor pungente)

apele que toca a pele

quandando

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Quando pulou, já sabia que seria o vento. Quando caiu, não sabia que seria a cara. Quando amor, não esperava que fosse assim. Quando temor, pediu ajuda a quem podia. Quando sabor, estava com tudo ao mesmo tempo. Quando paixão, era mistura de medo e amor. Quando pavor, era a água que também transborda. Quando ando, lembrando do quando? Quando desejo, se lembra do beijo. Quando razão, só o que lhe faz sentido. e a neve que vejo derrete quando se a gente quiser.

a manhã

ela mexe comigo e na pele revela sentidos ela oculta no ventre semente somente pra mim ela sabe de mim dos meus sonhos e mergulha no encanto da espera ela surge ela urge ela turge ela manha só ela amanhã

tipo isso

Só, queria dizer que a falta que faz estraga o querer, convence o sono, despe o vestido alegria, encaixota o poema, engaiola o olhar, fatia o encanto, e derrama a expectativa na mesa posta dos desejos.

Não leia se for fresco.

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Minha amiga-irmã Silvia, esposa do Leo -essa gata da foto-, concorda comigo. Eu acho. A festa da associação dos produtores de áudio e vídeo , com a presença dos parceiros, a associação dos locutores profissionais que trabalham com publicidade, o Vozes de Minas , foi um sucesso. Primeiro, porque tivemos uma participação de uma galera muito bacana. Que rala, parceira, que mata um leão por dia e tem o humor e a alegria em primeiro lugar. Segundo, porque tivemos 2 shows muito legais. Trabalho artístico de primeira, sabe? Um, do Aggeo Simões. Como canta Sinatra! Como canta Jobim! Passarinho de gravata! O outro, coisa muito séria. Sobre quem eu realmente queria falar nesse post. É esse negão maravilhoso aqui de baixo. Esse cara canta PRA CARALHO. E seu swing é DE FUDER. Eu até pensei em algum adjetivo interessante pra falar de como esse cara canta, de como ele tem a música no espírito e na alma, ou melhor na soul dele... mas não rola. Simplesmente não rola. PLAY é DE FUDER mesmo. Ele já foi

desculpe o incômodo: estamos em obras para melhor servi-lo

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Quando à sua volta tudo está em reforma, vale a reflexão, vale o reflexo, vale a sua volta. Volto pra mim e me ponho em obras. Sei que há muito a dizer. Sei que há mais a fazer. Mas como diria minha mãe, " tudo tem sua hora, meu filho ...". Caminho com a certeza disso, sem deixar de olhar para o entulho, sem deixar de projetar esta reforma acabada... a paciência é virtude de quem sabe o que quer e sabe querer.

cimento, areia e água

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Começo tirando os azulejos. A parede nua mostra suas imperfeições. Descubro canos velhos, onde a água não pode correr como antes. Troco todos. Tiro o piso que piso. Não há motivo para medo, não vou ficar sem chão. Onde vou pisar, vai ser limpo, novo, bem feito. Nem a sujeira que hoje há nos sapatos pode me dizer do que vai ser, e de certo modo, nem do que foi. Vou rebocar. Pintar tudo. Não me interessa a poeira temporária. Ela turva minha mente, me confunde, peço pra ninguém estar por perto, pois não quero ver alguém em meio ao pó, imagem confusa, sujando a expectativa. Não sei se alguém me entende. Não sei se espera. O barulho me incomoda. É a comprovação que está sendo mexido, macerado, revolto, escarafunchado. Mas projeto meus sonhos por sobre a tela do que vejo. Não sei bem se a reforma que faço agora é na casa ou se novamente em mim.

ausência

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Trem estrada ausente. Trem estrada aos entes. Tenho estrada ausente. Tenho estado ausente.

nelsons e sonhos

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Nelson não via meu rosto, mas sabia que era eu. Nunca esteve no Caminho de Santiago, mas pelo que contei, sabia que era lá que me via, andando feliz, subindo e descendo morros, caminhando, seguindo, andando. Se seu sonho comigo tem algo a ver com nossa sintonia, não me surpreendo. Ontem, sentado sozinho na pizzaria do bairro, ouvi My Way em ritmo de choro. Uma clarineta, um violão, um pandeiro, um xique-xique e um cavaquinho. Choro pra lá, choro pra cá, e eles tocaram finalmente My Way . Frank Sinatra ficaria surpreso com a beleza do arr anjo , a verdade do arr anjo , a doçura do arr anjo , a bondade do arr anjo , o toque do arr anjo . Tantos anjos juntos, em My Way , só podem conduzir à emoção, à entrega, ao sonho. Mesmo que não seja meu, seja de meu amigo, quem se muito preocupa comigo. Depois de My Way , veio uma música de Jobim. Sinal para pedir a conta e ir caminhando pra casa, na noite sem estrelas, enquanto morria atrás de mim o choro da música de Jobim no solo de uma bela clari

impressão

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identidade. sou eu que na foto estou. só por maldade. passado que preso entôo. só de não ser. a foto que afirmo ser. busco entender. o bem sejo estado do eu. representeu. me sendo me concebendo. situo. em ti, tu, tudo estudo. percebo. o lânguido sôfrego apelo.