reflexões em 31/7

O outro lado do mês, que se inicia dia primeiro, dia do meu aniversário. Seria meu desaniversário? Eu não estaria de parabéns? Eu não ganharia presente? Não seria presente o dia 31 de julho?
Não. Sim, ele está presente. Eu sei. Eu sabia. Eu me lembro. Eu estou. E acredito fé, sabendo os encantos do dia de hoje pra mim, para a memória, para o encontro, para a história.
Ouso sonhar-me atemporal e acreditar no estando, outro tempo, outro Outro. 
o Outro de que - ou de quem? - falava Lacan... Eu queria saber algo sobre isso para fazer esse comentário. Mas só sei que O nada sei (não, isso é uma adaptação minha, não estou citando meu amigo grego). Mesmo sabendo que a tradução pode estar traindo, me traindo todo esse tempo.
***
Não sei exatamente o que dizer sobre hoje, sobre Hoje, sobre on-tem. Tem um cheiro, tem uma pele, tem um manto que continua cobrindo meu ser. Nosso e-star parece t(s)er uma espécie de estrela, não sei de que grandeza, que, cadente, mostrou o caminho a seguir. Talvez, como a estrela cadente mais famosa, vai ser lembrada mais de dois mil anos, nas fururas encarnações de almas, de sonhos, de encantos, de amores. 
Por quê? 
Porque Romeu e Julieta foram mais felizes. E muito muito muito muito muito muito muito muito menos intensos.

Comentários

Carla Vergara disse…
O texto todo é bom, mas o final é GENIAL!
FULLY AGREE!
Beijo.

Postagens mais visitadas deste blog

Para Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque

Indico "A alma imoral" e "Ter ou não ter, eis a questão!"

Rascunho