Dreadlocks e flores branquinhas


Pedro e Alina se casaram. Fui muito feliz por ter sido convidado para suas bodas. Lá, ao som da melhor música, na presença de tão doces pessoas, degustando as delícias do Bouquet Garni, ou vi atento o discurso em inglês do pai da noiva. Ele, juntamente com uns outros 20 suecos, romenos, ingleses, australianos, enfim, vieram de muito longe pra compartilhar o sonho de um casal fruto da globalização, do amor que não tem fronteiras, do encontro de mundos, culturas, referências, poesias.

Ele daqui, ela de vinte e cinco mil quilômetros de distância daqui.

E seu pai foi muito feliz ao dizer que os dois se encontraram por um motivo. Que todos ali estavam nesse momento especial, por um motivo: os dois sabiam o sentido maior da palavra MOVIMENTO. Foi porque os dois sabem o valor da palavra, do significante, do significado sem-sentido-para-todos-os-sentidos movimento que os dois se encontraram. Que saíram de 25.000 km de distância para nenhum átomo de distância... e fizeram de suasnossas vidas encontro.

Obrigado Pedro, belo moço moreno de dreadlocks no alto da cabeça, físico e filósofo que sabe amar. Obrigado Alina, pequena branquinha de flores branquinhas no cabelo loiro anelado que sabe sorrir pro Pedro, pra vida, pra gente...

E me deu uma vontade de compreender movimento...


imagem em:

http://imagens.fotoseimagens.etc.br/flores-brancas-na-primavera_874_1600x1200.jpg

Comentários

Não me parece que o importante seja compreender, mapear, antecipar e sim, instituir nesta busca, a essência de significação do movimento para quem se dispõe.
(ia falar mais, mas fiquei com vergonha)

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