Algodão-agridoce




"As Grandes Lonas do Céu", como disse o diretor de teatro Fernando Limoeiro. O circo e seus mistérios. Arrelias de plantão, incitem o imaginário quase arquetípico que trazemos desde a primeira infância! A imagem do Pagliacci, o palhaço que chora, da ópera de Ruggero Leoncavallo, parece retrato fiel da vida. Alegoria da existência, que pinta, borda, cai, faz rir e, ainda assim, é miserável. Êta, vida! São tantos picadeiros... A família, o trabalho, os amigos, o botequim, tudo nos parece chão batido com tábuas coloridas em volta, fazendo o círculo, arquibancada improvisada pra quem quiser sentar e apreciar. Números que representamos e que, às vezes, teimamos em não olhar. De onde vem tantos ensaios abertos? Pra onde vão nossos tantos malabarismos? Ainda ontem, me vesti de domador. Hoje, voltei a fazer graça. Nem todo circo é um Cirque du Soleil. "Alegria" às vezes distante, pra quem se coloca sob as luzes dos holofotes. Eu compraria ingresso pra ver o circo da minha vida. Dá um bom espetáculo. Tem até elefante... E corda bamba! Tem malabarista sem malabares, trapezista que tem medo de altura, palhaço sem nariz vermelho... bom, pelo menos não tem mulher barbada... E banda de música, e ingresso vendido, e ingresso devolvido, e ribalta, e olhos atentos... - Que rufem os tambores! Senhooooras e senhoooores! Com vocêêêês, o indizível... o indescritível... o inefááááááááável... ops!... me esqueci. Como é mesmo o nome dele?


imagem em: http://i.olhares.com/data/big/137/1370591.jpg

Comentários

Unknown disse…
E não pode faltar maçã do amor!
Pode morder, sim senhor!
Um pedaço bem lambuzado com muito sabor!!!

Beijinhos!
Quel
Bê Sant Anna disse…
É!!! Eu sei fazer maçã do amor! Aprendi com uns 12 anos... Mas não gosto com anelina, gosto transparente... por isso a maçã tem que ser beeem vermelhinha!

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