Perto Longe


Minha amiga jornalista, que escreve na revista Sagarana, a Pat Castro, tem um blog: 

http://www.paticastro.blogspot.com/

Pois bem. Lendo o blog dela, vi uma construção interessante. Ela falava de saudades do sul. "Suldades", diz ela. Foi quando me lembrei de uma coisa bonita e resolvi compartilhar. Pelo menos parte dela... Uma coisa bonita mesmo, sem preconceito, sem olhos de contemporaneidade...

Meu pai e minha mãe cantando juntos "Meu primeiro amor"

Se tem um momento realmente bonito na minha família, no quadro da parede da minha infância, é este. Ele fazendo a voz principal e ela fazendo segunda voz:

"Saudade palavra triste quando se perde um grande amor Na estrada longa da vida eu vou chorando a minha dor
Igual a uma borboleta vagando triste por sob a flor
Teu nome sempre em meus lábios irei chamando por onde for
Você nem sequer se lembra de ouvir a voz desse sofredor
Que implora por teu carinho, só um pouquinho do seu amor

Meu primeiro amor
tão cedo acabou só a dor deixou neste peito meu
meu primeiro amor
foi como uma flor que desabrochou e logo morreu
Nesta solidão
sem ter alegria o que me alivia são meus tristes "ais"
São prantos de dor que dos olhos caem
é porque eu bem sei quem eu tanto amei não verei jamais"

Composição: Herminio Gimenez - Versão de José Fortuna e Pinheirinho Júnior

o problema é que existem dois grandes tipos de saudade: 

Saudade Longe e Saudade Perto.

A saudade longe é difícil. A saudade perto é phoda.

Quem nunca amou de verdade não sabe o que é saudade...

Comentários

Já dizia o Mario Quintana: "O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo."

Até mais, professor.
sim... você tá certo! Saudade perto é phoda!
É aquela saudade que Martha Medeiros descreve tão bem e por isso tive que postar no meu blog: "saudade é não querer saber e, ainda assim, doer". É uma saudade que a gente escolhe ter esperando que o tempo apague o que antes doía, mas não era saudade...
E obrigada pela referência ao meu blog! :)))
Continue postando e encantando...
Bjobjo
Branca disse…
Putz! Concordo com vc. Saudade de longe doi menos mesmo que a saudade de perto. De perto é uma tortura.

Adorei seu blog!

Quando tiver um tempinho me faça uma visita, ok?
Branca disse…
É preciso sublimar a saudade.

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