A Lua e a platéia

Desafia acordar para a tela vazia...
Ele saberia o que escrever. Mas este blog não é um livro aberto! Tudo é medido, pesado.
Pesado? 
Ele quer mesmo que seja beeem leve. O pesado não tem mais lugar em sua vida.

Sim, ele ama.
E vai amar pra sempre...

E no musical que participou um dos atores falava:
"- Quem espera sempre alcança, três vezes salve a esperança!"

Era uma linda cena. E, das luzes do palco, o ator se desconstrói, desce da ribalta e vem olhar o espectador nos olhos.  "- sou eu mesmo!", ele diz. Mas... renovado, renoivado, diférente.
Tira a máscara da personagem e sente a textura do couro que ele esbarra, os olhares na penumbra, o desconforto de quem se ajeita na cadeira pra não perder nenhum segundo sequer...

"- Eu vou. Não me esperem. O musical vai ter que continuar sem mim.
Ele tira a blusa, suas asas aparecem. E, como mágica, sai voando por entre as cadeiras da platéia, ganha a entrada do teatro, ganha a rua, ganha o mundo.

E na lua cheia sabe que o mundo dá voltas e que a qualquer momento eleeela podem se encontrar.

Comentários

Bê Sant Anna disse…
É bom ir correndo pra portaria da Vale em cima do Belvedere em noite de lua cheia como hoje.
Lá é onde a cidade se perde e você se encontra...
Unknown disse…
É tão bom ter a Lua como companhia.
Iluminando caminho...

Brilha!

Beijos,
Quel
Que o breve seja de
um longo pensar.
Que o longo seja de
um curto sentir.
Que tudo seja leve de
tal forma que o tempo nunca leve

Alice Ruiz
Unknown disse…
a poética do devaneio ou os devaneios do poeta.
Tô adorando as suas aglutinações e devaneios como bem falou o Adriano aí em cima, poeta!

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