Encontros ou em trancos


Fonéticamente se parecem.
Mas encontros não pode ser em trancos. Nem em barrancos..., como diz o dito popular.

Há encontros e encontros. Uns não nos dizem nada. Uns incomodam, sacodem, tumultuam. Dizem muito com o tanto de silêncio que rola. 

Por que será que precisamos tanto de palavras?
É doido pensar nesse ser de linguagem, da linguagem, que precisa de palavras... Será?
Eu sei o que o silêncio diz. Muitas vezes. Muitas mesmo.

E queria que os outros soubessem também.

Mas tem gente que não aprendeu ainda a ouvir com o coração.
Se ouvissem, saberiam. E entenderiam os encontros com nosso silêncio.
E até, talvez, respondessem à altura, com palavras ou não, falando com o ouvido do peito.

Quero contar um segredo que nunca contei pra ninguém:
meu médico cardiologista não coloca um estetoscópio no meu peito. Ele coloca um microfone.

Comentários

Pri Patricio disse…
Sem falar que a linguagem universal usa a boca sem precisar das palavras. O SORRISO! Sem sexo, raça, idade... sem fronteiras.
Pri Patricio disse…
Li e lembrei do que li aqui: EU ME EXPONHO MELHOR NO SILÊNCIO(Clarice Lispector)

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