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Mostrando postagens de abril, 2009

Trova do Soalheiro

Vale entrar no site do Máximo Soalheiro: http://www.soalheiro.com.br/livro/index.html Ontem, eu e alguns amigos estivemos presentes em mais uma abertura de forno... Já deve ter uns 15 anos que vi pela primeira vez. Mais de 3.000 graus e, como bola de fogo, encantando os adãos de plantão. A costela que meu amigo Máximo extrai de cada peça é sonho nos olhos de quem as vê... Trova do Soalheiro Barro, matéria prima do máximo alquímico ser. Ser, prima matéria do meu amigo querer.

Saldade, tempero da vida.

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Tenho recebido uns feedbacks interessantes sobre o blog. Não só os que você pode ler, os comentários. O mesmo número de comentários, ou mais, me são dados por email, ou pessoalmente. Que bom. Hoje aconteceu isso. Uma aluna minha, do sexto período de Publicidade e Propaganda veio até a minha mesa:  - Professor, viu meu email? (acho que ela não sabe o meu nome) - Sobre o blog? Vi., respondi. Mas o email só não bastava. Era preciso dizer da saudade, da importância da saudade, da importância do texto " Perto Longe " e do sentimento que ela tinha quando pensava sobre isso, sobre a perda do seu pai, da importância lancinante da saudade... Ela começou a falar e a torneirinha dos olhos se abriram.  Ela: - é difícil falar. Eu me lembro como se fosse hoje, sabe?  Ela me contou que seus pais não haviam casado no religioso, só no civil. E que o sonho do pai dela era se casar com a mãe numa cerimônia. (O poder do rito...) Sabe o que houve? O pai dela realizou seu sonho e faleceu uma se

Anthonio, musicamente.

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Se tem uma coisa que faz a gente transcender, essa coisa é a música. Eu já disse: "a música é o sonho da palavra." E quando tem alguém ungido navegando pelos mares desse sonho, só nos resta fazer reverência: - - Vai nessa, Ulisses! Anthonio é esse trovador. Anthonio faz amor com a música, encantado pela palavra, sabedor dos sons, dos dons, das dores e cores. Mergulha fundo nas águas encantadas do canto, seu manto, capa de herói. Sou seu fã-irmão-parceiro eterno. E quem for audaz e corajoso o suficiente pra saber do que estou falando, que o veja cantar e encantar amanhã no Parque Municipal, no palco próximo ao Palácio das Artes... Eu omito. Mas não minto.

1979, 1984, 1988, 1990

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Adoro bisbilhotar meus escritos antigos...  Esse da foto, 1979 .  Os que transcrevo abaixo, de 1984, 1988, 1990: 1984 "O arco-íris do amor revela em seus traços singelos a cor da ternura." 1988 "A arte do teatro não é nada mais que a representação da vida através do sonho, da ilusão fantástica. Quem faz teatro não é só fantástico. Faz parte do sonho de alguém." 1990 Saída pela porta de entrada "Existir é o dom de ter o rivilégio perante outros que ficaram a se debater, para morrerem ao entardecer. Descobrir a vida e sentir a emoção do desconhecido, do verdadeiro e primeiro medo, diríamos mais tarde.  Sufocamos então a descoberta para nos valermos da primeira experiência. E com ela, aprofundaremos a mesma... Sim, reviver, por nós mesmos um e o outro, os dois. Ensinar, dar sustento, envolver! É chegada a hora de esperar, voltar a ser criança e brincar de ser a árvore frondosa, aconchegando os pássaros depois da tempestade. Oscilar de acordo com o vento e ser semp

é...

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Disca aí no telefone e pergunta se tem creme rinse. Eu já vou comprar a fita k7 e o dente frício, aproveito e compro, antes de passar na locadora pra pegar o tal vídeo ótimo que você me indicou.  Jóia esse Aquaplay hein?   Massa.  Vou indo. Ainda tenho que bater uma carta pra enviar pra uma amiga minha que tá fazendo residência na França...

As contas coloridas da menina

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Salva-vidas. Comigo foi assim: este olhar me buscou muitas vezes. Olhar carinhoso, olhar que diz da esperança, que ouve o novo, que sente o perfume do nascimento, que toca a pureza, há ainda o que descobrir, sementinha na terra molhada. Revela as possibilidades da vida, pinta de gargalhada até dar dor de barriga. São as contas coloridas, você vai dizer... humm, não... as contas coloridas perdem a conta no entendimento e a sutileza da poesia toma conta, revestida de criança, bocejo de Deus numa tardezinha de sol com um ventinho brando nas copas das árvores. São os olhos da bárbara menina que encantam a gente.  É do que fala a música " Lente do Amor " de Gilberto Gil. Quem aí já virou criança no colo de uma criança, levante a mão. Dou um algodão-doce pra quem contar estrelas essa noite e não se esquecer se deitar com o papai do céu ...

Duque Honey Glow

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Posso começar com um beijo. Ou um sonho. Ou uma noite escura de junho, ou mesmo com um amigo fiel que esconde a mentira, não diz a verdade, se envergonha com o fato de ser assim, ou assado, enfim, posso começar até com a história do Duque, meu collie vermelho marchador. Junho. Era junho, próximo à metade do mês e o frio não gelava os ossos, não esquentava com a coberta e nem mesmo aproximava as pessoas ou deixava todo mundo mais chique, como minha mãe gostava de dizer. Todos poderiam vestir marrom, preto, longos vestidos, longas horas, mas simplesmente escolhiam deixar viver, deixar passar, deixar sofrer, deixar, apenas. É. Melhor eu começar com o Duque, mesmo. Menos dramático. O Duque era um cachorro muito elegante, aliás. Quando havia festas em minha casa, saraus, aniversários, jantares, encontros e desencontros, o Duque sempre demonstrou ser o elegante que era. Ele tinha uma história de afinidade com o bairro, com as crianças da rua, com o muro de pedras cinzas que ficava na parte d

Perto Longe

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Minha amiga jornalista, que escreve na revista Sagarana, a Pat Castro, tem um blog:  http://www.paticastro.blogspot.com/ Pois bem. Lendo o blog dela, vi uma construção interessante. Ela falava de saudades do sul . "Suldades", diz ela. Foi quando me lembrei de uma coisa bonita e resolvi compartilhar. Pelo menos parte dela...   Uma coisa bonita mesmo, sem preconceito, sem olhos de contemporaneidade... Meu pai e minha mãe cantando juntos "Meu primeiro amor" .  Se tem um momento realmente bonito na minha família, no quadro da parede da minha infância, é este. Ele fazendo a voz principal e ela fazendo segunda voz: "Saudade palavra triste quando se perde um grande amor Na estrada longa da vida eu vou chorando a minha dor Igual a uma borboleta vagando triste por sob a flor Teu nome sempre em meus lábios irei chamando por onde for Você nem sequer se lembra de ouvir a voz desse sofredor Que implora por teu carinho, só um pouquinho do seu amor Meu primeiro amor tão cedo

Me desculpe

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Pra dizer a verdade, devo pedir desculpas. Nem sempre conseguimos dar prosseguimento aos nossos sonhos, por mais que eles pareçam possíveis, realizáveis, realizados, sei lá. Comigo aconteceu isso. Acordei hoje novamente com uma dor insuportável. Uma dor na coluna excomunal, não consegui me levantar naturalmente, sem a ajuda das minhas mãos segurando minha cabeça, meu pescoço, enfim. Antes de ontem e ontem senti a mesmíssima dor. E "inexplicavelmente" ela passou quando des-cobri que estou tomando um passo errado em minha vida: estou esperando. O quê? - essa é uma boa pergunta. Filosoficamente, talvez não haja nada a esperar. Quando pensei nisso, e nas consequências práticas dessa reflexão, a dor do meu pescoço, da minha coluna, simplesmente se foi. Mas voltou hoje de manhã, de modo assustador. Porque não adiantou a reflexão.  Ela, sem ação, não é nada. É um poema guardado na gaveta.  Ele só existe quando lido. E por outro. Fui até a sala, onde tenho um tapete de bamboo e um

Encontros ou em trancos

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Fonéticamente se parecem. Mas  encontros não pode ser em trancos . Nem em barrancos ..., como diz o dito popular. Há encontros e encontros. Uns não nos dizem nada. Uns incomodam, sacodem, tumultuam. Dizem muito com o tanto de silêncio que rola.  Por que será que precisamos tanto de palavras? É doido pensar nesse ser de linguagem, da linguagem, que precisa de palavras... Será? Eu sei o que o silêncio diz. Muitas vezes. Muitas mesmo. E queria que os outros soubessem também. Mas tem gente que não aprendeu ainda a ouvir com o coração. Se ouvissem, saberiam. E entenderiam os encontros com nosso silêncio. E até, talvez, respondessem à altura, com palavras ou não, falando com o ouvido do peito. Quero contar um segredo que nunca contei pra ninguém: meu médico cardiologista não coloca um estetoscópio no meu peito. Ele coloca um microfone.

A Lua e a platéia

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Desafia acordar para a tela vazia... Ele saberia o que escrever. Mas este blog não é um livro aberto! Tudo é medido, pesado. Pesado?  Ele quer mesmo que seja beeem leve. O pesado não tem mais lugar em sua vida. Sim, ele ama. E vai amar pra sempre... E no musical que participou um dos atores falava: " - Quem espera sempre alcança, três vezes salve a esperança! " Era uma linda cena. E, das luzes do palco, o ator se desconstrói, desce da ribalta e vem olhar o espectador nos olhos.  " - sou eu mesmo! ", ele diz. Mas... renovado, renoivado, di f é rente. Tira a máscara da personagem e sente a textura do couro que ele esbarra, os olhares na penumbra, o desconforto de quem se ajeita na cadeira pra não perder nenhum segundo sequer... " - Eu vou. Não me esperem. O musical vai ter que continuar sem mim. "  Ele tira a blusa, suas asas aparecem. E, como mágica, sai voando por entre as cadeiras da platéia, ganha a entrada do teatro, ganha a rua, ganha o mundo. E na lua

É como diz a música: "Amor, de toda forma"...

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Treze mil pessoas. Todas na mesma direção. Não importa se você vai ganhar, você simplesmente não vai perder. É você com você mesmo, um encontro real, com o limite, com a superação, com a vontade de chegar lá. Uma alegria perfeita vivida.  Ali, uma experiência sensorial alegórica do ser em movimento. É 8 puro. Correr faz bem pra alma. Faz bem pro espírito.  Faz bem. E renova a vontade de viver, de ser feliz, de acontecer, de se superar, coisas que estão cada vez mais difíceis em um mundo marcado pelo individualismo, consumismo, autoritarismo social, desencontro... Você pode dizer: mas não é um esporte coletivo...!   Pode ser. E pode não ser. Quantas vezes atravessei a linha de chegada de mãos dadas? Quantas vezes passei por aquele que andava no km 18 e disse: - Não anda! Trota devagar! Falta tão pouco! Quantos me deram o mesmo incentivo quando eu morri por dentro e sofri por fora?... Neste último final de semana, encontrei com duas das 8 pessoas que mais amo. Fomos juntos fazer a Meia M

simnão

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Há muito aqui dentro, Não vou conseguir falar. Não, pressionado por uma só chance, um só encontro, uma só saída. Se o Amor se condiciona a um só tiro, você simplesmente não pode errar. E, ouso saber, errar é humano. Errei muito em nós, em nós, subsumidos. Errei tanto e tanto, que perdi o bônus do perdão. - Perdão. É por isso: só tenho uma chance. Um só encontro, uma só saída. Quando o Amor se condiciona a um tiro, eu simplesmente não sei.  Nem errar, nem acertar. Já me disseram: o não eu já tenho... por que não tentar o sim? Isso é muito bom dito assim, com o outro perto longe, não com o outro longe perto. Da boca pra fora é mais fácil, do lado da teoria é mais simples. Mas  quando atinge a gente... Gente & tiro; Amor & saída; Não & sim; Ousadia & sabedoria.  Erro & acerto. Melhor correr um pouco para irrigar o cérebro. O que irriga o espírito?

Haikai contemporâneo

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Encontro parto e re-parto inteiro e de cor

Haikai extemporâneo (com-para Guigui)

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U D e u s   l o c a o  d i a b o d e s l o c a