A Praia de Sândalo


Acordei para o pôr do sol. Vestido roxo, o sol refletindo o rio e uma embarcação pobre atravessando o reflexo. É paz, é ano novo, é esperança. A cada marola, um pedido, um encanto, um desejo de mudança pra melhor. 
São peixes que saltam da mente, em direção ao rio de sonhos e realidade.
Cerveja gelada, uma mesa de jovens, garotas adolescentes exercitando a confiança em si, transeuntes de cangas. A areia suja todos os pés. Meu pê éfe tarda, e a barcarola de nome "Atum" é visitada pelo dono, que recolhe o saco de cebolas. Faltam o pente de ovos, as latinhas de cerveja e as latinhas de coca-cola. Não importa mais o merchandising. A bela Isabela ri ao meu comentário. E seu colar de sândalo exala toda a beleza da juventude na ingênua praia onde não existe rapto, corrupção, mentira, medo. Só existe o sol acima do rio que corre, ao sabor de nossas marés. E seu barulho poético indescritível...

Comentários

Monica disse…
Ei Bernardo, desde que (literalmente) nos esbarramos venho lendo o seu blog. Cada dia mais me encanto com seus textos! Coisa linda de se ler, sentir e cultivar. A arte das palavras é para poucos, como você. bjo, "provisório" :-)

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