Mar Verde


Ela olha, tenta descobrir. Revelar o que lhe parece possível. Olhos distantes, fixos. Morde os lábios involuntariamente e acredita estar chegando a algum lugar. Brincos pequenos, biquini marrom, laranja, amarelo e branco. Discreto também. Discreto e "contido". Ela está bem. Observa o mar e encontra sentido em seu rabo de cavalo, em seu foco, em suas dúvidas simples de jovem mulher. 
Seu namorado é sério. Gosta dela. Exprime sua rebeldia em cores vivas em seus dois braços fortes. 
Ela sabe de sua sensibilidade e atravessa o mar de mãos dadas a ele. Para ela não é difícil nadar. Para ele é extenuante. Mas ele acredita. E faz do ofício seu modus vivendi
Ela é caprichosa. E vai cuidar pra que não afoguem nunca. Nem quando o mar parecer salgado demais, a água estiver gelada demais, o sol presente demais, tudo. Tudo desse jeito doido de ser. Ela já cuida dele. 
E experimenta a cerveja gelada de seu copo pra dizer que sabe compartilhar.

Comentários

É ISTO disse…
Bonitim, hein, filho?! Cê tá parecendo um Riobaldo raitéque. Bons textos.
Unknown disse…
Diante de tanta formosura, nem consegui prestar atenção no texto.

Postagens mais visitadas deste blog

Indico "A alma imoral" e "Ter ou não ter, eis a questão!"

Para Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque

Rascunho